Era uma vez um coelho angorá chamado Becas,
que afinal era fêmea e passou a ser a Bequinhas cá de casa. Ficou velhota. É assim,
não há volta a dar.
Praia de Faro, 15 de julho de 2017, toca
o telemóvel: “está muito mal, prostrada, não reage...”. O Roberto Carlos tem
uma canção intitulada “as curvas da estrada de Santos”. Talvez naquele dia eu
também tenha escrito na mente “as curvas da Praia de Faro”. Voei para casa com
a imagem que sabia iria encontrar. Não falhei, a Bequinhas já partira, embora
ali ainda. Tocou-me a parte dura: escrever mensagem, as lágrimas, a caixa de
sapatos como urna, as flores, pedir a enxada ao vizinho e fazer o funeral.
O lembrete no telemóvel passou a
assinalar o dia 15 de cada mês. Ontem completaram-se trinta e sete meses, com
flores.
16/8/2020
Francisco
Grande Becas, uma coelha com muito charme e elegãncia que integrou uma família de ilustres Pintos.
ResponderEliminarTudo certíssimo. Só os "ilustres" é que tenho alguma dúvida. Grato pelo comentário. Até breve. :)
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar